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Na série Art Talk vocês entrarão na mente de artistas brilhantes, hoje com a artista Ryeisha “Rye Rye” Berrain, ela já enfrentou uma porrada de desafios nos bastidores, mas baixa autoestima nunca foi um deles. “Sempre quis fazer parte da indústria”, disse a diva do club-rap de Baltimore ao Female First em 2008. “Eu achava que se tivesse uma oportunidade, destruiria.” Isso estava prestes a acontecer.
Aos 15 anos, Ryeisha ligou para o Blaqstarr, requisitado DJ local e colaborador da M.I.A., e os dois fizeram sucesso na pista com “Shake It to the Ground”, faixa tão encantadora quanto autoexplicativa – o título diz algo como “Requebra até o Chão”. A M.I.A. chamou o Blaqstarr para uma reunião com a Ryeisha e logo Rye Rye se viu dentro de um estúdio e depois com o pé na estrada, ao lado da rebelde pop britânica de origem tâmil. Quando a M.I.A. lançou seu selo N.E.E.T., assinar com a Rye Rye foi sua prioridade número um.
A vida profissional de Ryeisha virou uma loucura desde então (sua colaboração de 2011 com a Robyn deve ser a melhor de uma longa série de parcerias), assim como sua vida pessoal. No verão de 2009, durante uma turnê pela Europa, ela soube que seu namorado (pai da filha que teria em alguns meses) havia levado um tiro e ficado paralisado da cintura para baixo. Ryeisha largou a turnê que faria com o A-Trak e a N.E.E.T. e adiou a estreia de seu LP – em vez de um disco badalado, aos 18 anos teve um bebê e vários problemas de gente grande para enfrentar. “As coisas acontecem por um motivo”, escreveu em seu blog. “Algumas coisas acontecem no momento errado da sua vida, mas ninguém sabe por que e por qual motivo, só Deus”.
Quem vê Ryeisha ao vivo percebe que o palco é seu porto seguro. Com suas roupas de elastano e tênis característicos e corte de cabelo Joãozinho (às vezes com uma camada loira), ela mexe e remexe incessantemente, muito mais ousada e agitada que uma femme fatale. Se está exorcizando demônios pessoais, não é coisa que ela demonstra. “Estar feliz no palco tem um papel importante”, disse a Rye Rye à Out em 2011. “Quando as pessoas sentem que você está se divertindo, isso fica na memória delas. É como uma luz que brilha e elas viajam nessa energia”.