Mercado brasileiro de impressão também sofreu impacto da crise, porém em proporções menores na comparação com os demais segmentos de tecnologia; Queda foi de 13,7% em relação a igual período de 2014.
O mercado brasileiro de impressão não ficou imune ao momento econômico enfrentado pelo país e, no primeiro semestre deste ano, comercializou aproximadamente 1,574 milhão de equipamentos de impressão, número que é 13,7% menor do que o apresentado no mesmo período do ano passado. Em receita, o mercado movimentou US$ 380,85 milhões, resultado 9,8% inferior. Estes dados fazem parte do estudo realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.
Segundo Diego Silva, analista de mercado da IDC Brasil, os impactos poderiam ser até maiores se, em 2014 o cenário não tivesse sido atípico. “No ano passado, tivemos carnaval em março, Copa do Mundo e eleições presidenciais. Para o varejo, o calendário é vital para planejamentos e projeções, a diminuição de dias úteis é sinônimo inevitável de retração nas vendas. Então, quando comparamos os dados de 2015 com 2014, concluímos que, embora o mercado de impressão tenha sofrido queda, poderia ter sido mais desastroso, caso o varejo tivesse apostado mais no setor de impressão no primeiro semestre do ano passado. Com o forte apelo midiático promovido pela Copa do Mundo, este segmento ficou em segundo plano nos principais varejistas. As demandas por televisores, smartphones e tablets tiveram maior atenção no primeiro semestre de 2014”, conta o analista da IDC Brasil.
A pesquisa revela, ainda, que a diminuição nas vendas de equipamentos novos atingiu tanto a tecnologia jato de tinta (que atualmente representa 75,3% do total de vendas), como a tecnologia laser (24,7% das vendas) nos seis primeiros meses deste ano. “Os resultados de ambas as tecnologias são altamente influenciados pelos volumes de vendas dos equipamentos de menor porte que, em decorrência de suas especificações técnicas e precificação, são em sua maioria endereçados aos usuários domésticos, profissionais liberais e às pequenas empresas”, avalia Silva.
No segmento de serviços de impressão o cenário também demonstra resultados negativos no Brasil neste primeiro semestre. De acordo com o analista da IDC Brasil, atualmente é natural que haja, além de um agressivo movimento de corte de custos por parte das empresas públicas e privadas (diminuição dos volumes de impressão), uma paralisação de investimentos no segmento de impressão. “Há poucos novos contratos de grande porte sendo concretizados e os que estão em período de renovação, passam por rigorosas negociações de redução de preços. Mesmo assim, levando-se em consideração todas as dificuldades enfrentadas pela indústria no país neste período, o mercado de impressão caminha para a maturidade, tem demonstrado fôlego e feito valer a afirmação de que o papel ainda é insubstituível, finaliza o analista”.
Para 2015, a IDC projeta queda nas vendas de equipamentos de impressão. O mercado laser deve retrair 12% e, no mercado jato de tinta, a queda deve ser de 0,7%, na comparação com o volume de vendas registrado em 2014.
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Sobre a IDC
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