Entre os dias 31 de julho e 02 de agosto aconteceu no EBAC (Escolha Britânica de Artes Criativas) a terceira edição do Adobe Experience House 2018. Tive o prazer de ser convidado e conto mais detalhes sobre o que rolou por lá nesta matéria exclusiva do Tutoriais Photoshop.
Adobe Experience House
O Adobe Experience House é um evento de três dias que reuniu renomados profissionais da área de marketing digital, design, tecnologia e assuntos ligados a área digital.
O evento está em sua terceira edição e foi realizado no EBAC em Pinheiros.
O Adobe Experience House 2018 contou com nomes de peso como Paula Bellizia, general manager da Microsoft Brazil, Gabriela Viana, diretora de marketing da Adobe para a América Latina, Benito Berretta da Hyper Island entre outros.
Veja a lista completa de convidados no site do evento.
Sobre o evento
A agenda de cada dia da Adobe Experience House era dividida por horários, para cada horários aconteciam entre 4 a 5 palestras. Foi bem difícil escolher, todos os assuntos eram todos muito interessantes e bem disputados. No final do dia o público era convidado a ir para o palco principal onde aconteceram keynotes com convidados especiais.
Na entrada do evento era possível participar de jogos em realidade virtual, conhecer a instalação que contava a história da Adobe (confira logo abaixo), realizar experiências de realidade aumentada ou fazer uma pausa para o lanche.
Durante os três dias de evento, diversos profissionais renomados palestraram sobre assuntos diversos, acompanhei de perto as palestras ministradas por profissionais da Adobe. Também vi de perto novidades da Creative Cloud, programas, aplicativos e outras facilidades que a Adobe oferece aos assinantes de seus serviços.
As palestras ministradas pela Adobe durante a Adobe Experience House 2018 mostraram as facilidades e uso de novos recursos. Como a extensa biblioteca de fontes disponíveis com o TypeKit. O Sensei, inteligência artificial da Adobe que entende o contexto de fotos e auxilia no trabalho e busca por imagens, a integração com os apps gratuitos da empresa. E as facilidades de uso da Creative Cloud em ambiente de trabalho e novidades nos programas da empresa.
Entrevista com Paulo Franqueira
Durante a Adobe Experience House 2018 tive o prazer de entrevistar o Paulo Franqueira, Custom Experience Manager da Adobe, e realizar uma série de perguntas sobre novidades, Creative Cloud, apps e muito mais.
TP: Quais seriam as principais novidades da Creative Cloud 2018?
Paulo Franqueira: A Creative Cloud 2018 apresenta uma série de novidades em diversos programas da Adobe, a mais notada são as telas de abertura de todos os programas. Além disso disso o Illustrator ganhou uma remodelagem no painel de propriedades que facilita a organização e trabalho.
Outro recurso interessante que foi adicionado ao Illustrator foi o Puppet Warp. Este recurso que funciona de forma semelhante ao recurso de mesmo nome no Photoshop permite fixar pontos de controle em uma ilustração e fazer com que a ilustração possa ser movimentada de forma bem simples.
A adição de fontes SVG e de fontes variáveis, as fontes SVG são compostas apenas por código enquanto que as fontes variáveis possuem todas as variações dentro de uma única fonte.
Ainda dentro do Illustrator podemos encontrar uma melhoria chamada Shape Builder, com ele você cria intersecções ou edita shapes com muito mais facilidade, apenas usando combinações com Shift e Ctrl pressionados.
Além disso o Illustrator agora conta com uma ferramenta chamada Shaper, com ela você cria formas de maneira rápida desenhando com o dedo ou tablets.
No Photoshop agora é possível compartilhar o trabalho com um único botão que fica no canto superior direito da tela.
Um novo modo de seleção do Photoshop utiliza o Sensei para criar seleções de forma inteligente. O recurso chamado Subject faz com que o Sensei interprete a imagem e saiba o que selecionar, no caso a pessoa que está na foto.
O Sensei roda dentro do Photoshop e entende a imagem para criar a seleção de forma automática.
TP: Além disso quais outros pontos poderíamos destacar nas novidades?
Paulo Franqueira: Além de tudo isso o Sensei também funciona dentro do Lightroom e na Adobe Stock para identificar fotos de forma muito mais inteligente e intuitiva.
Para quem trabalha com muitas fontes o TypeKit oferece milhares de opções de fontes que são utilizadas online direto da nuvem da Creative Cloud e incorporadas nos trabalhos de forma muito simples.
Ao utilizar os apps da Adobe ainda é possível utilizar a câmera para visualizar uma imagem comum e identificar as fontes usadas. Novamente o Sensei entra em ação e diz para o usuário qual fonte foi usada e se ela está disponível no TypeKit para uso.
Outras novidades ficam por contas de novos apps que se conectam a Creative Cloud oferecendo um fluxo de trabalho muito mais prático.
O Project Rush é outro destaque, ele é um software de edição de vídeo que funciona de forma nativa em desktops e dispositivos móveis e serve como ponte entre o Premiere e o After Effects.
E também o Dimensions, o software de edição 3D da Adobe que permite criar peças em 3D com muita facilidade e integração total com outros programas da Adobe.
TP: Como a Creative Cloud pode auxiliar profissionais da área de design?
Paulo Franqueira: Hoje em dia está acessível, o preço foi a primeiro impacto, hoje qualquer um pode ter. Você pode escolher um produto específico da Adobe e trabalhar com ele de forma acessível.
A entrega de conteúdo e padronização também são dois pontos fortes. Antigamente o profissional que trabalhasse com material gráfico precisava pressupor que a gráfica utilizasse o mesmo nível de tecnologia que você, ou seja, tudo que fosse utilizado em um documento deveria ser compatível com a tecnologia que a gráfica também utilizava.
Assim todos precisavam ter o mesmo nível de atualização e tecnologia para que o processo funcionasse perfeitamente.
Hoje a Adobe conseguiu padronizar o mercado com a Creative Cloud, com isso todos os envolvido em um processo estão no mesmo nível de tecnologia e disponibilidade de recursos. Isso inclui fontes, um recurso da Creative Cloud chamado TypeKit que funciona na nuvem oferece milhares de fontes que são carregadas conforme a necessidade do trabalho.
Falando nisso a Creative Cloud oferece o recurso de nuvem, assim um trabalho feito remotamente pode ser visto em outro dispositivo assim que for salvo na nuvem da Creative Cloud.
Outro passo importante foi dado na área de vídeo com o Project Rush. Com ele é possível iniciar uma pré edição de vídeo através de um dispositivo móvel, utilizar a nuvem da Creative Cloud e terminar essa edição em qualquer programa da Adobe para desktops. Tudo isso com a possibilidade de dar saída para broadscast em alta definição para outro terminal que acesse a Creative Cloud.
E o último ponto seria a disponibilidade de tecnologia, com a Creative Cloud você tem acesso a novos programas da Adobe de forma imediata, assim como atualizações e downloads em apenas um clique.
TP: Você poderia falar um pouco sobre os apps que a Adobe oferece gratuitamente para os usuários e como eles se integram com a Creative Cloud?
Paulo Franqueira: Um dos grandes diferenciais das apps da Adobe é que elas são gratuitas, mas para aproveitar o total de suas funcionalidades o ideal é que a pessoa tenha uma conta da Creative Cloud. Assim ela pode utilizar todas as facilidades dos apps em conjunto com todos os programas da Adobe.
Entretanto é possível utilizar os apps de maneira isolada, porém sem aproveitar toda a experiência oferecida pela Creative Cloud. Uma das experiências mais bonitas que os apps oferecem está na integração com os programas da Adobe de maneira rápida e simples.
Os apps são divididos por famílias, as cores definem as famílias e hoje já são cerca de 18 apps que todas as pessoas podem encontrar facilmente para Android e iOS.
Os apps e a Creative Cloud foram desenvolvidos com base em uma pesquisa feita com criativos. A partir disso eles descobriram que os dispositivos móveis não tinham utilidade no dia a dia de trabalho, por isso a Adobe desenvolveu as famílias de aplicativos com foco nesse fluxo de trabalho que une dispositivos móveis e desktops.
Apesar de funcionarem de maneira independente os apps não substituem os softwares desktop, eles são mais focados na integração e facilidade de fluxo de trabalho.
TP: O que é o Project Rush e como ele se destaca de outros produtos da Adobe?
Paulo Franqueira: O Rush é o motor do After Effects e do Premiere rodando na nuvem, ele pode ser utilizando tanto no desktop quando em dispositivos móveis como aparelhos de celular e tablets com todas as funções.
Apesar de trabalhar localmente ele possui funções que funcionam na nuvem, assim a Adobe aproveita todo seu poder de processamento em conjunto com um software que está rodando localmente na máquina do usuário.
Fazendo isso o Project Rush minimiza o uso do processador de dispositivos móveis transferindo a parte pesada para a nuvem da Adobe.
TP: Você acha que esses programas que funcionam em todos os dispositivos são uma tendência que a Adobe deve seguir?
Paulo Franqueira: Para que aconteça isso talvez seja preciso uma remodelagem da forma de construção dos softwares, para que exista essa ponte entre todos os dispositivos alguns recursos teriam que ser adaptados. No caso do Project Rush eles já se baseia na construção do Premiere e do After Effects que utiliza HTML5.
Mas tudo depende da demanda, no caso de vídeo e fotografia muitas pessoas usam o celular para pequenos ajustes. Isso dificilmente aconteceria em trabalho de ilustração ou criação de layout devido ao tamanho reduzido da tela dos smartphones.
No último dia o evento terminou com o show da banda Lumen Craft, o show foi precedido por uma grande festa com djs e projeções de trabalhos feitos com softwares da Adobe em um prédio vizinho.
O conteúdo de todas as palestras e workshops da Adobe Experience House 2018 foram tão interessantes que fica difícil resumir tudo em um único texto, então não perca a oportunidade de participar da próxima edição do Adobe Experience House. Fique de olho aqui no Tutoriais Photoshop para novidades sobre o evento.